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terça-feira, 12 de maio de 2009
REQUERIMENTO PEDINDO O SINAL DA TV GAZETA

PAPO DO BLOG NA RÁDIO GLOBO
Nossos editoriais também são postados neste Blog!
Aquecimento Global, Desemprego, Sustentabilidade, Municipalismo, Desigualdade Social, etc...
segunda-feira, 11 de maio de 2009
O DESCASO POLÍTICO E AS "PORTAS FECHADAS"

Para não cairmos, também, num conceito errado de política, é preciso que voltemos a sua origem, isto é, aos antigos. Aristóteles dirá, por exemplo, que a política é a ciência que visa o bem comum dos cidadãos. Pois, segundo ele, ela nasce da necessidade de se ter leis que organizem as atitudes das pessoas perante o público e o privado, e todo aquele que exerce esse poder, exerce em função de todos os cidadãos e terá o tempo integral para trabalhar em função disto. Por isso, deverá ser quem conhece as leis e tenha condições de colocá-las em prática. Trazendo isso para os dias de hoje, perceberemos algumas semelhanças e algumas diferenças. A primeira grande semelhança está relacionada ao tempo que o individuo, que tem um poder político, dispõe para trabalhar e também um tempo integral. A diferença está na maneira de se trabalhar... São também, na maioria das vezes, homens que conhecem as leis, mas, nem sempre as colocam em prática, pelo contrário, as usam por interesse próprio. Vivemos em um País tão grande, capaz de se sustentar tranquilamente e ainda existem pessoas morrendo por não ter o que comer. São cidadãos com os mesmos direitos e deveres. Porém, os seus deveres são cobrados, mas os seus direitos nem sempre são lembrados. Onde estão aqueles que assumiram o compromisso de trabalhar pela sociedade e organizar, como disse Aristóteles, o respeito e a dignidade para cada cidadão? Será que estão pensando em como resolver esse problema ou querem mesmo continuar enganando a população na próxima eleição, afim de serem eleitos novamente na base do toma lá da cá?
Estão sendo deixados de lado os investimentos em áreas de serviços a população, acarretando um abandono da política em si. Um verdadeiro descaso. Mas, com certeza, as maiores conseqüências virão com o tempo: o aumento do desemprego, a saúde precária. Sem dizer que tudo implica numa falta de respeito a todos os direitos dos cidadãos, contido na constituição. Infelizmente, o poder político se volta aos interresses de apenas "um grupo", deixando os direitos dos cidadãos “pra escanteio”.
Primeiramente, devemos fazer o que estamos fazendo: discutindo a política, ir a raiz do problema, procurar as causas. Durante a discussão, perceberemos que as dúvidas vão sendo sanadas, e, conseqüentemente, o conhecimento enriquecido. Existem várias maneiras de discutir. Pode ser verbalmente em reuniões, encontros, salas de aula, ou por escrito em jornais, revistas e outros meios de comunicação. Afinal, o importante é colocar a política no centro das discussões. Só assim baniremos os bandidos e maus políticos.
Para que isso se torne um hábito entre as pessoas, é preciso, segundo Aristóteles, educá-los. Para ele, é a educação que torna o homem virtuoso, apto a pensar nas questões fundamentais. Segundo ele, a virtude já está no homem e a educação irá fazer o papel de extrair dele, isto é, colocar em prática essa virtude no seu dia-a-dia. Além do costume de praticar o bem, a educação terá a incumbência de exercitar a dimensão racional, ou seja, proporcionar a consciência dos seus atos. Portanto, a educação tem uma função importantíssima no caminho de todos. E digo mais, a educação, como afirma Aristóteles, é responsabilidade do Estado. É óbvio que também é dos municípios e de quem nos governa. É preciso acabar com o grande meio de manipulação às pessoas no poder público. Aquele que de fato deveria "comandar", é na verdade o "subordinado" (vide o assunto logo abaixo). Somos otimistas e devemos propor um ideal político, mesmo que seja um ideal pensado a mais de dois mil anos, para juntos, eu com o meu ideal e você com o seu ideal, pensarmos em como mudar essa situação. Pois se conseguirmos, pelo menos, acabar com esse descaso político, certamente as portas se abrirão novamente e já estaremos dando um grande passo para o bem de todos!
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Manipulador! É o seu FIM!

Manipular gente é tratar pessoas como "coisas" ou "objetos", com o propósito de dominá-las e explorá-las. Manipular pessoas é o ato de levar alguém a tomar decisões sem deixar transparecer que essa decisão irá beneficiar a outrem. Manipular é induzir, é iludir as pessoas para levar vantagem e obter lucro. É enganar. É ludibriar para tirar proveito da "boa-fé", da inocência e da ingenuidade do outro. Manipular é dominar. Isso é preocupante quando se atinge o poder público. Aquele que deveria comandar, ser o comandante, na verdade é o comandado. Desde que os homens descobriram que o domínio sobre o seu semelhante é fonte de poder e de prestígio, muitos deles sempre buscaram, por qualquer via, colocar-se sobre os seus semelhantes. A força sempre foi o principal instrumento de domínio. No entanto, o progresso da civilização contribuiu para que surgissem outros instrumentos. A política desenvolveu a popularidade como instrumento de poder. Quem é popular ou carismático, quem possui títulos, quem é inteligente, ou quem está em evidência, normalmente tem poder e domina. O capitalismo contribuiu para que surgisse o domínio através do poder financeiro. O manipulador busca o domínio sobre outros homens, basicamente, para possibilitar a realização desses dois intentos egocêntricos e individualistas, o "ser" e o "ter". Manipula-se o outro, basicamente, para "ser", ou para "ter". A busca desenfreada por fama, honras, títulos, reconhecimento público e notoriedade é produzida pelo encantamento do querer "ser". Ser reconhecido, ser popular e famoso é sinal de domínio, prestígio e sucesso. Reconhecimento popular é poder. Na política isso é uma tragédia e a população fica a “mercê” desses fanfarrões e sedentos pelo Poder. Coitado do nosso povo! Para manipular é preciso modificar a realidade, falsificar conceitos, "maquiar" mentiras e esconder verdades. O manipulador, normalmente, não mente, mas desvia a verdade para o lado que lhe interessa. Ele não fala à nossa inteligência, e nem nos deixa utilizar a nossa capacidade de raciocínio. Pelo contrário, ele não respeita a nossa liberdade de decidir e nos arrasta, sorrateiramente, para pontos estratégicos, levando-nos a crer na sua "verdade", levando-nos a sentir emoções que nos desnorteiam e a tomar decisões que favorecem aos seus propósitos.
Na política, aqueles que pensam somente no benefício próprio, cometem assim, de maneira manipuladora e sorrateira, atos de corrupção, afundando os princípios da moral e da ética. O bolso e o lucro são mais importantes! Coitada da coletividade! Isso precisa acabar! E os que deveriam estar "comandando" de verdade, poderiam tranquilamente desamarrar o "rabo preso", caso contrário, continuarão fantoches e marionetes dos outros pro resto da vida acabando com o Bem Comum!...
Esses manipuladores são chamados de "Gatunos do Poder", "Sedentos pelo Poder", "Governistas do Poder", "Ladrões do Poder", "Corruptos do Poder", "Larápios do Poder" e são classificados como "Ratos do Esgoto da Política".
Há Ensinamentos Bíblicos:
"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens" . - Apóstolo Paulo – Colossenses - Capítulo 02, Versículo 08
"Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" . - Jesus Cristo – Matheus. C. 07, V. 15
Há ainda o filósofo Platão, que há 450 ªC. já dizia:
“O castigo dos homens capazes que se recusam a tomar parte nas questões governamentais, é viver sob o regime dos homens incapazes”.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Destino de verbas de convênios Federais
(leia mais aqui)
sexta-feira, 17 de abril de 2009
A DESIGUALDADE SOCIAL




quinta-feira, 16 de abril de 2009
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



segunda-feira, 13 de abril de 2009
sábado, 11 de abril de 2009
Para refletir..
sexta-feira, 3 de abril de 2009
TVi - 5 Anos

Decano da Imprensa de Itapetininga Lança Livro

Alberto Isaac lança livro de crônicas e memórias. Decano da imprensa de Itapetininga e Região, o jornalista lançou o livro "Vivas Memórias". A obra é uma coletânea das melhores crônicas já publicadas por ele nos veículos de comunicação. São histórias e passagens que apresentam personagens e acontecimentos de Itapetininga e das cidades vizinhas.
sábado, 28 de março de 2009
AQUECIMENTO GLOBAL



- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
Manifestações são feitas reivindicando resultados positivos para o planeta!
É necessário mudar a realidade do planeta, mostrando como deve ser feito e de que o exemplo deve vir de dentro de casa. A expectativa é de que os países desenvolvidos que liberam altos índices de agentes poluentes na atmosfera adiram aos acordos mundiais de preservação ambiental e diminuição de emissão de gases poluentes.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Pequenos gestos, grandes mudanças
O WWF-Brasil participa pela primeira vez da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.
São Paulo anuncia oficialmente sua participação na Hora doPlaneta 2009, ato simbólico contra o aquecimento global liderado pelo WWF-Brasil. No dia 28 de março, as luzes dos principais ícones da maior cidade da América Latina serão apagadas por uma hora, das 20h30às 21h30.
Participe! É simples. Apague as luzes da sua sala.
Como participar? Cadastre-se no site http://www.wwf.org.br/informacoes/horadoplaneta/
segunda-feira, 23 de março de 2009
Chegando..
Abraços meu caro amigo "Osgood"..............hehehe
RÁDIO GLOBO ITAPETININGA 900 AM

Foto antiga - Escola Peixoto Gomide
sexta-feira, 20 de março de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
ALGUMAS FRASES DO SAUDOSO DR. ULYSSES

"O dia do benefício é a véspera da ingratidão."
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Juros sobem ou não sobem?
terça-feira, 11 de novembro de 2008
ALDA MARCO ANTONIO - VICE-PREFEITA ELEITA DE SÃO PAULO

Quais os reflexos da fusão entre Itaú e Unibanco para o município de Itapeva?
Flauzino - O ponto positivo dessa união é que nós teremos uma empresa forte no setor financeiro, bem assegurada para poder enfrentar qualquer turbulência que venha a ter no mercado financeiro, ou mediante a crise que está acontecendo dentro do mercado nacional. Outro ponto é que, se for realmente concretizado o foco de se tornar uma empresa para competir globalmente, nós estaríamos trazendo dividendos para dentro do Brasil, porque o Unibanco e o Itaú estariam comprando agências em bancos fora do país, como na América Latina, Europa, Ásia e talvez na África. Assim eles vão aumentando esse leque de participações em países que vão trazer dividendos de lá para o nosso, fortalecendo ainda mais a instituição.
IN - Isso pode permitir que agências do exterior se apossem das empresas do Brasil e as torne, por exemplo, uma agência estrangeira?
Flauzino - O que acontece é que no meio empresarial, global de competitividade, eles falam como se fossem peixes pequenos que são engolidos por peixes médios, que são engolidos pelo peixe grande. A partir do momento que você vira grande, estará engolindo os menores, desta forma fortalecendo o banco nacional, o Unibanco e Itaú, tornando-se grandes, não correm o risco de ser engolido. Haja vista o caso da AMBEV – Brahma e a Antártica vinham comprando as menores do mercado nacional, ao ponto, de as duas dominarem o setor, e se fundiram -, em que alguns economistas brasileiros achavam que tinham virado uma empresa global, forte que começaria a engolir as menores, mas o que aconteceu foi o contrário, ela se tornou grande e veio uma outra maior, da Bélgica, que fez uma fusão com ela, deixando nós sem a empresa nacional. Temos que torcer para que aconteça o contrário, que Unibanco e Itaú comprem os outros sem correr esse risco.
IN - Quais são os aspectos negativos dessa fusão?
Flauzino - A concorrência entre os bancos não vai existir mais, pois conforme você diminui um, engolindo o outro, vai sobrar um ou dois, para nós consumidores do serviço de banco. Estamos reféns dos preços que eles vão praticar. Não temos para quem correr, então há uma concentração muito grande em poucas empresas. Isso é ruim para o consumidor e para o desenvolvimento, pois valores bons e melhores serviços acabam não existindo por fata de concorrência.
IN - O senhor acredita que haverá uma diminuição nas taxas pagas pelos correntistas com essa fusão? Ou essa falta de concorrência possibilitará um aumento nesse aspecto?
Flauzino - Sempre falamos no meio econômico que é a oferta e a demanda que determinam os preços das mercadorias e serviços. No caso, quando não há concorrência isso deixa de ser verdade, pois quem vai determinar os preços são essas poucas empresas. Então se eles colocarem um preço mais alto, nós consumidores não temos para onde correr. A tendência é que fique do jeito que esses bancos vão determinar, com certeza mais alto do que as praticadas agora.
IN - O senhor acredita que agências bancárias irão fechar, gerando desempregos com essa fusão?
Flauzino - Se a meta do banco for o crescimento, ou seja número de agências, que é o que eles estão procurando eu acredito que não, mas no caso particular de Itapeva acho que não cabem duas agências do mesmo banco e infelizmente uma vai ser sacrificada. Já temos a experiência aqui quando o Bradesco comprou o antigo Mercantil Finasa. Aqui ficou só o Bradesco e acho que a experiência vai ser a mesma.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
O mundo também pode votar?
Se, realmente, as eleições americanas são tão importantes para o mundo como afiram as midias, porque não o mundo também votar nessas eleições? Pensando nisso na Islandia apareceu um site tornando isso possível! Lá você pode votar e ver quem ganharia por país votante. Aqui está o site, e bom voto: http://www.iftheworldcouldvote.com/
domingo, 26 de outubro de 2008
Homo sustentabilis
Homo sustentabilis
Por Marina Silva*
Tem-me chamado a atenção o número crescente de convites que recebo para falar sobre desenvolvimento sustentável, em comparação com as demandas para tratar de meio ambiente "stricto sensu".
Pessoas dos mais variados setores, independentemente do grau de informação, demonstram forte intuição de que as respostas para a crise ambiental mais e mais nos remetem à incorporação da sustentabilidade nas formas de produzir e consumir.
Agregam novas preocupações a seu cotidiano, sentem estar diante de uma inescapável mudança de estilo de vida e se percebem imersos na transição de grande envergadura que é o horizonte do século 21.
Uma busca comum de respostas aproxima diferentes nichos de interesse, que questionam e se questionam em dois níveis.
No campo do sentido, em relação à ética dos valores e da política. No campo das alternativas práticas, querem soluções que façam a passagem entre os dois mundos hoje superpostos.
Embora o termo sustentabilidade seja utilizado de maneira ainda difusa, vejo nisso uma qualidade: ele acaba por identificar um espaço de diferença em relação ao sistema dominante e de criação de convergências a partir de um desafio direto: como integrar crescimento material, uso apropriado dos recursos naturais, eqüidade social, valores imateriais e compromisso intergeracional?
O aumento do interesse por sustentabilidade traz um recado:
o de que a crise ambiental é também uma crise civilizatória avassaladora. E a saída não virá pela onipotência do nosso pensamento. Há que se ter visão, processo e estrutura.
Visão de que, para alcançar a outra margem do Rubicão, não há projeto ideal nem seria aceitável a hegemonia de grupo ou de corrente de pensamento. O processo deve ser horizontal e transparente, com quebra radical do modelo de liderança individual salvacionista. E a estrutura será aquela capaz de atrair e integrar a contribuição de todos os setores e perfis.
O que importa é colocar em diálogo, de um lado, aqueles que podemos classificar, como o faz Cristovam Buarque, de Homo sapiens global: mais refinado e, ao mesmo tempo, mais frágil diante de situações extremadas, menos resiliente.
E, do outro, está o que resolvi chamar de Homo sapiens local: mais rústico, mais resiliente, mais adaptável à escassez, menos dependente de tecnologia, com conhecimentos associados aos recursos naturais e domínio do saber narrativo: saber escutar, enxergar, fazer.
Quem sabe, desse encontro de saberes nesse momento de transição, não estejamos forjando o Homo sustentabilis?
* Marina Silva é senadora e ex-ministra do Meio Ambiente
** Publicado originalmente no jornal Folha de SP de 20/10/08.
(Envolverde/Portal do Meio Ambiente)
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Teoria do Cavalo Vencedor
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Sobre o ceticismo e nossas possibilidades!
Você já deve ter ouvido dizer que “não estamos sozinhos no universo”. Ou seja, não existe somente o planeta Terra e isso é notório a se observar um céu de brigadeiro numa linda noite em algum lugar nas montanhas ou no Interior... O que se quer dizer com essa frase é que Grandes Mestres, claro, invisíveis a olho nu (como o ar que respiramos ou nossas células que sabemos existirem e nos sustentarem), operam a todo instante em nossas vidas, procurando nos despertar para uma Realidade muito maior do que esta – a que vivemos, mas que nos deixa muito aquém de nossas imensas – infinitas – possibilidades.
Fiquei intrigado (e pensando, angustiado, diga-se) durante vários dias quando li o que uma amiga me escreveu: que simplesmente “não acredita em nada no além”, algo assim. Bem no século 21, depois de tantas descobertas desde o advento do Espiritismo de Allan Kardec; das manifestações e tradições espirituais milenares ensinadas pelo Oriente e apreendidas aqui no Ocidente; do milenar xamanismo e, de quebra, dos rituais com a Ayuasca e outras plantas de poder que, no transe induzido, simplesmente revelam além do véu da ilusão; do avanço das ciências ocultas e da física quântica e do próprio esoterismo; da quase fusão – tão necessária, urgente - da ciência e da religião que ainda podemos presenciar. Causa-me espanto ver pessoas que se dizem “céticas” num momento tão sublime e repleto de graça e Luz divinas das quais podemos nos beneficiar e nos enlevar, muito graciosamente; a despeito das trevas das guerras, violência e perdição humana geral pelo outro lado infeliz da moeda humana.
O próprio despertar vegano/vegetariano, em defesa irrestrita dos animais como nossos irmãos e não como nossos escravos, e o movimento ambientalista mundial, fazem parte dessa luz, mesmo que muitos ativistas ainda não se apercebam disso, das forças transformadoras físicas e metafísicas para as quais o mundo inteiro está sendo despertado, quer queira ou não, pelo amor ou pela dor.
Fiquei pensando que para o cético tudo é um “acaso”, e “coincidências” virão no meio desse mero acaso... Puxa, se não há nada no além, aquele assassino miserável, ou o ladrão e o estuprador, que, “por sorte” (assim deve ser para os céticos também) escapam das garras da justiça humana e conseguem fugir “para o México” ou “para o Paraguai”, se “deram bem” aqui no mundo já que “escaparam” do pagamento dessas dívidas tão terríveis... Será?! Claro que não é assim... Se não, o mundo estaria sujeito ao bel prazer, ao sabor dos ventos, à revelia de todos... Há uma Ordem do Universo, verdadeira mestria regendo tudo e todos! (ufa, ainda bem!)
Caro (a) leitor (a), o universo é muito vasto e sua Origem então nem temos como falar, especular. O certo é que uma força descomunal me faz escrever essa mensagem a você agora e a mesma força – se quiser chamar de Deus, ou não, fique à vontade – está fazendo você lê-la. A mesma força que criou o Céu e a Terra, as estrelas, o Sol e a Lua. A mesma força que fez milhares e milhares de espécies de animais e seres dentro e fora de nosso mundo. A mesma força que te fez e me fez, e fez as flores, os oceanos, as montanhas e as árvores que ocupam essas elevações divinas.
A vida é divina. Não é SÓ terrena. Passageira, ILUSÓRIA. Saiba disso, ou melhor, LEMBRE-SE disso (porque esquecemos de muitas verdades dentro e fora de nós ao longo de dezenas de milênios pelo nosso turvamento espiritual, individual e coletivo...). Portanto, estar com os “pés-no-chão” – como se auto-afirmam os céticos – é muito relativo. Estar enraizado, acho o termo melhor, é compreender as energias que emanam da Terra e do Céu. Somos o cruzamento perfeito dessas energias, do alto e de baixo, Yang (Céu) e Yin (Terra).
Infelizmente, a histórica e malfadada inquisição, que destruiu ideais pagãos e milhões de pessoas em fogueiras arbitrárias e macabras, especificamente mulheres na Idade Média, trouxe para a Terra (em especial na Europa que se tornou atéia em sua maioria em função disso) um excesso de ceticismo que chega a dar medo. O cético, num momento de desilusão não pensará duas vezes antes de cometer um suicídio. E quantos milhões de incautos já deram cabo da própria vida por não suportarem as dores neste aquém, que dirá no além! Já pensou nisso?! Aquela pessoa mais avisada e/ou estudada sobre o “pós-vida” tomará muito cuidado e temerá o outro lado, o além, em cuja possibilidade os céticos dizem “não acreditar”.
Claro, claro, sei que cada um tem sua opinião e livre-arbítrio, e respeito a todos como seres humanos que podem – e devem – fazer escolhas, inclusive a de se auto-intitularem (e estar, não SER) “céticos”. O que me admira é que vocês, ditos “céticos”, ateus, sei lá, não tenham curiosidade pelo místico, pela energia cósmica – muito plausível – e palpável – de ser sentida maravilhosamente, diga-se, em rituais espirituais, em orações, em uniões coletivas pacíficas e amorosas – e ficam nesse individualismo “pé-no-chão” que simplesmente não leva a nada, mas a um vazio profundo. Não confiar no além-vida é na minha modesta opinião um vácuo na alma de quem está nessa vibração limitante e, pior, discordante.
Bem, há muito que se dizer sobre tanta coisa quando se trata de espiritualidade e nosso destino aqui no mundo e na eternidade. Que bom que as possibilidades se abrem em profusão como aqueles fractais, que da ponta de um se observa mais milhares e assim por diante. NADA É POR ACASO, NADA É COINCIDÊNCIA. SORTE OU AZAR DEPENDE DO HISTÓRICO DE CADA INDIVÍDUO E NÃO DO ACASO...
Namastê! Meu muito obrigado pelo espaço e por sua atenção mais que especial. Desejo a todos os leitores bons dias mais confiantes no além, DOCE LAR DO ALÉM... De onde – mesmo inconscientemente – sentimos muitas saudades... A nossa Linda Origem para a qual temos que nos preparar e fazer por merecer!
Deus, ou o Tao, é tão imensamente poderoso e imensurável que até nos deu o livre-arbítrio, para acreditar “nEle” ou não... (é pouco?! Claro que não!)
Sendo céticos ou crentes, isso não mudará a existência de Deus, nem tampouco interferirá na Grande Lei que a tudo determina...
Por Jair Marcos Vieira, jornalista e músico paulistano
São Paulo, 4 de junho de 2006.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Carta de Marina ao presidente Lula
Leia a carta de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregue nesta terça (13) ao presidente Lula por intermédio do chefe de gabinete, Gilberto Carvalho:
"Caro Presidente Lula,
Venho, por meio desta, comunicar minha decisão em caráter pessoal e irrevogável, de deixar a honrosa função de Ministra de Estado do Meio Ambiente, a mim confiada por V. Excia desde janeiro de 2003. Esta difícil decisão, Sr, Presidente, decorre das dificuldades que tenho enfrentado há algum tempo para dar prosseguimento à agenda ambiental federal.
Quero agradecer a oportunidade de ter feito parte de sua equipe. Nesse período de quase cinco anos e meio esforcei-me para concretizar sua recomendação inicial de fazer da política ambiental uma política de governo, quebrando o tradicional isolamento da área.
Agradeço também o apoio decisivo, por meio de atitudes corajosas e emblemáticas, a exemplo de quando, em 2003, V. Excia chamou a si a responsabilidade sobre as ações de combate ao desmatamento na Amazônia, ao criar grupo de trabalho composto por 13 ministérios e coordenado pela Casa Civil. Esse espaço de transversalidade de governo, vital para a existência de uma verdadeira política ambiental, deu início à série de ações que apontou o rumo da mudança que o País exigia de nós, ou seja, fazer da conservação ambiental o eixo de uma agenda de desenvolvimento cuja implementação é hoje o maior desafio global.
Fizemos muito: a criação de quase 24 milhões de hectares de novas áreas de conservação federais, a definição de áreas prioritárias para conservação da biodiversidade em todos os nossos biomas, a aprovação do Plano Nacional de Recursos Hídricos, do novo Programa Nacional de Florestas, do Plano Nacional de Combate à Desertificação e temos em curso o Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
Reestruturamos o Ministério do Meio Ambiente, com a criação da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Serviço Florestal Brasileiro; com melhoria salarial e realização de concursos públicos que deram estabilidade e qualidade à equipe; com a completa reestruturação das equipes de licenciamento e o aperfeiçoamento técnico e gerencial do processo. Abrimos debate amplo sobre as políticas socioambientais, por meio da revitalização e criação de espaços de controle social e das conferências nacionais de Meio Ambiente, efetivando a participação social na elaboração e implementação dos programas que executamos.
Em negociações junto ao Congresso Nacional ou em decretos, estabelecemos ou encaminhamos marcos regulatórios importantes, a exemplo da Lei de Gestão de Florestas Públicas, da criação da área sob limitação administrativa provisória, da regulamentação do art. 23 da Constituição, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, da Política Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais. Contribuímos decisivamente para a aprovação da Lei da Mata Atlântica.
Em dezembro último, com a edição do Decreto que cria instrumentos poderosos para o combate ao desmatamento ilegal e com a Resolução do Conselho Monetário Nacional, que vincula o crédito agropecuário à comprovação da regularidade ambiental e fundiária, alcançamos um patamar histórico na luta para garantir à Amazônia exploração equilibrada e sustentável. É esse nosso maior desafio. O que se fizer da Amazônia será, ouso dizer, o padrão de convivência futura da humanidade com os recursos naturais, a diversidade cultural e o desejo de crescimento. Sua importância extrapola os cuidados merecidos pela região em si, e revela potencial de gerar alternativas de reposta inovadora ao desafio de integrar as dimensões social, econômica e ambiental do desenvolvimento.
Hoje, as medidas adotadas tornam claro e irreversível o caminho de fazer da política socioambiental e da economia uma única agenda, capaz de posicionar o Brasil de maneira consistente para operar as mudanças profundas que, cada vez mais, apontam o desenvolvimento sustentável como a opção inexorável de todas as nações.
Durante essa trajetória, V. Excia é testemunha das crescentes resistências encontradas por nossa equipe junto a setores importantes do governo e da sociedade. Ao mesmo tempo, de outros setores tivemos parceria e solidariedade. Em muitos momentos, só conseguimos avançar devido ao seu acolhimento direto e pessoal. No entanto, as difíceis tarefas que o governo ainda tem pela frente sinalizam que é necessária a reconstrução da sustentação política para a agenda ambiental.
Tenho o sentimento de estar fechando um ciclo cujos resultados foram significativos, apesar das dificuldades. Entendo que a melhor maneira de continuar contribuindo com a sociedade brasileira e o governo é buscando, no Congresso Nacional, o apoio político fundamental para a consolidação de tudo o que conseguimos construir e para a continuidade da implementação da política ambiental.
Nosso trabalho à frente do MMA incorporou conquistas de gestões anteriores e procurou dar continuidade àquelas políticas que apontavam para a opção do desenvolvimento sustentável. Certamente, os próximos dirigentes farão o mesmo com a contribuição deixada por esta gestão. Deixo seu governo com a consciência tranqüila e certa de, nesses anos de profícuo relacionamento, termos feito algo de relevante para o Brasil.
Que Deus continue abençoando e guardando nossos caminhos.
Marina Silva"
Quatro “erres” contra o consumismo
A fome é uma constante em todas as sociedades históricas. Hoje, entretanto, ela assume dimensões vergonhosas e simplesmente cruéis. Revela uma humanidade que perdeu a compaixão e a piedade. Erradicar a fome é um imperativo humanístico, ético, social e ambiental. Uma pré-condição mais imediata e possível de ser posta logo em prática é um novo padrão de consumo.
A sociedade dominante é notoriamente consumista. Dá centralidade ao consumo privado, sem auto-limite, como objetivo da própria sociedade e da vida das pessoas. Consome não apenas o necessário, o que é justificável, mas o supérfluo, o que questionavel. Esse consumismo só é possível porque as políticas econômicas que produzem os bens supérfluos são continuamente alimentadas, apoiadas e justificadas. Grande parte da produção se destina a gerar o que, na realidade, não precisamos para viver decentemente.
Como se trata do supérfluo, recorrem-se a mecanismos de propaganda, de marketing e de persuasão para induzir as pessoas a consumir e a fazê-las crer que o supérfluo é necessário e fonte secreta da felicidade.
O fundamental para este tipo de marketing é criar hábitos nos consumidores a tal ponto que se crie neles uma cultura consumista e a necessidade imperiosa de consumir. Mais e mais se suscitam necessidades artificiais e em função delas se monta a engrenagem da produção e da distribuição. As necessidades são ilimitadas, por estarem ancoradas no desejo que, por natureza, é ilimitado. Em razão disso, a produção tende a ser também ilimitada. Surge então uma sociedade, já denunciada por Marx, marcada por fetiches, albarrotada de bens supérfluos, pontilhada de shoppings, verdadeiros santuários do consumo, com altares cheios de ídolos milagreiros, mas ídolos, e, no termo, uma sociedade insatisfeita e vazia porque nada a sacia. Por isso, o consumo é crescente e nervoso, sem sabermos até quando a Terra finita aguentará essa exploração infinita de seus recursos.
Não causa espanto o fato de o Presidente Bush conclamar a população para consumir mais e mais e assim salvar a economia em crise, lógico, à custa da sustentabilidade do planeta e de seus ecossistemas. Contra isso, cabe recordar as palavras de Robert Kennedy, em 18 de março de 1968: ”Não encontraremos um ideal para a nação nem uma satisfação pessoal na mera acumulação e no mero consumo de bens materiais. O PIB não contempla a beleza de nossa poesia, nem a solidez dos valores familiares, não mede nossa argúcia, nem a nossa coragem, nem a nossa compaixão, nem a nossa devoção à pátria. Mede tudo menos aquilo que torna a vida verdadeiramente digna de ser vivida”. Três meses depois foi assassinado.
Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anti-cultura vigente. Há que se incorporar na vida cotidiana os quatro “erres” principais: reduzir os objetos de consumo, reutilizar os que já temos usado, reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente rejeitar o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido.
Sem este espírito de rebeldia consequente contra todo tipo de manipulação do desejo e com a vontade de seguir outros caminhos ditados pela moderação, pela justa medida e pelo consumo responsável e solidário, corremos o risco de cairmos nas insídias do consumismo, aumentando o número de famintos e empobrecendo o planeta já devastado.
(Envolverde/O autor)
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apocalipse em 2012
por Adriana Küchler, da Revista da Folha, em 20/4/2008
Daqui a quatro anos, o Sol vai se aproximar tanto da Terra, ou suas explosões serão tão fortes, que os satélites derreterão. Sem telecomunicações, serviços bancários ou segurança militar, o mundo caminhará para o caos. Para os maias, uma grande mudança aconteceria em 2012. Para seus seguidores, que fazem do calendário da antiga civilização uma bíblia, aquele não será apenas o ano da Olimpíada de Londres ou aquele em que expira o Protocolo de Kyoto. Será o ano do fim do mundo. Pelo menos, assim como o conhecemos.
O apocalipse tem data marcada: 21 de dezembro de 2012. É o que indicam os estudos de pesquisadores como o americano John Major Jenkins, autor de "Maya Cosmogenesis 2012" e de um programa em três CDs chamado "Unlocking the Secrets of 2012" ("Desvendando os Segredos de 2012"), ambos inéditos no Brasil. O dia do fim desta era, segundo os estudos de Jenkins, coincide com um raro alinhamento galáctico que acontece a cada 26 mil anos. "O antigo calendário identifica a razão de tanto caos e mudança no mundo hoje. Nenhuma outra ciência, religião ou filosofia teve sucesso nessa tarefa", diz Jenkins.
A onda 2012 vem crescendo: nos EUA, é tema constante de programas de TV e de rádio. Na livraria virtual Amazon, há centenas de obras relacionadas com o tema, de diferentes teorias sobre a profecia a guias de sobrevivência ao ano cabalístico. Por aqui, há grupos de discussão reais e virtuais, cursos e livros sobre o tema e até work-shop em festa trance.
A funcionária pública Denise Franco Gehring, 50, entrou no clima e está treinando seus dons telepáticos e a capacidade de "fazer coisas sem energia elétrica até 2012". Já vislumbra algum progresso. "Outro dia, meu celular ligou sozinho para o meu namorado. As coisas vivem aparecendo na minha frente na hora em que preciso delas", diz. Ela faz parte do grupo de estudos do calendário da paz -uma variação do maia- da Casa de Cultura de Santo Amaro.
Denise influenciou o filho Pedro, 22, estudante de engenharia. Há dois anos, ele começou a se dedicar a conhecer a cultura maia. "A situação do planeta está piorando. Vai acontecer um cataclismo", afirma. "Diante disso, o calendário se mostra algo profundo. Muitos o seguem, mesmo sem o compreender."
Para o escritor americano Lawrence E. Joseph, que preside o conselho de uma empresa de física de plasma, foi a coincidência entre a física solar contemporânea e a antiga astronomia maia, ambas apontando para 2012 como um ano de potencial devastador, que o levou a escrever o livro "Apocalipse 2012: as Provas Científicas sobre o Fim da Nossa Civilização". "O único ponto de consenso entre astrônomos e físicos é que o próximo clímax solar virá em 2012."
Hecatombe anunciada
Sem confiar nas profecias que via pipocar na internet, Lawrence esteve na Guatemala com dois xamãs que confirmaram seu temor: "2012 seria o nascimento de uma nova e gloriosa era, mas, como qualquer outro nascimento, seria acompanhado de sangue e dor". Para ajudar a evitar ou a reparar os estragos dessa crônica de uma hecatombe anunciada, Lawrence recomenda que as pessoas rezem e meditem e que os governos se preparem para situações de emergência.
Baseada em informações históricas, científicas, mitológicas ou catastróficas, a "2012mania" passa inevitavelmente por outro assunto da moda: o aquecimento global. "Acontecimentos recentes, como tsunamis ou o terremoto no Brasil, que nunca tinha acontecido, têm a ver com esse ciclo", afirma o jornalista e crítico de arte Alberto Beuttenmüller, 72. Primeiro a dar tratamento literário ao assunto no Brasil, com o livro "2012 - A Profecia Maia", Alberto estuda os maias há 37 anos. "À medida que 2012 se aproximar, esses acontecimentos vão ficar mais agressivos."
Para Margarida Fonseca, também integrante do grupo de estudos da Casa de Cultura de Santo Amaro, o planeta ficou doente porque não está seguindo o seu tempo natural. Os seguidores do calendário da paz defendem que todo mundo deveria adotar um sistema de 13 meses (ou luas) de 28 dias. Eles dizem que não é só o planeta que fica doente por não seguir o calendário. "Quem o segue se livra de distúrbios e doenças", afirma Margarida.
Com tantas interpretações, o calendário maia se distancia das origens. "Os maias perceberam fenômenos como solstícios e equinócios e previam eclipses. Tinham um sistema sofisticado de calendário, com maior precisão e menor perda de tempo", explica a pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP Marcia Arcuri, 36.
Os maias fizeram ainda ajustes semelhantes ao nosso ano bissexto, embora o calendário gregoriano (que usamos) só tenha sido instituído 80 anos após o descobrimento da América.
Fim de um ciclo
Mais do que um calendário, os maias possuíam um sistema de folhinhas, o Tzolkin, de 260 dias, e o Haab, de 360 dias mais cinco."Os maias já tiveram três ou quatro mundos ou idades anteriores", diz Eduardo dos Santos, 37, especialista em América Pré-Hispânica no departamento de história da USP. "O ciclo atual começou em 3113 a.C. e termina 5.125 anos depois, em 2012."
Das previsões de Nostradamus ao bug do milênio, passando por profecias, a humanidade se mostra criativa para prever o fim do mundo. Tem errado sempre. Para Jenkins, o problema é nossa forma de pensar. "O apocalipse cataclísmico é um conceito distorcido, derivado da teologia judaico-cristã e do conceito de tempo linear da ciência ocidental."
A pesquisadora Marcia explica que a nossa idéia de cataclismo não faz sentido para os maias. "Para eles, o fim nada mais é do que o começo de um novo ciclo." Segundo ela, recentes descobertas sobre os maias deram espaço para a mercantilização do tema.
Para o professor Eduardo, o calendário maia não tem vigência fora daquela cultura. "A crença no calendário fala muito mais das nossas angústias, insatisfações com o mundo e carências exótico-religiosas do que com o estudo do pensamento maia."