Trecho da entrevista, do Economista e Prof. Flauzino Neto
IN - O que essa fusão entre os bancos Itaú e Unibanco pode trazer de benefício para o nosso país e nossa cidade?
Flauzino - O ponto positivo dessa união é que nós teremos uma empresa forte no setor financeiro, bem assegurada para poder enfrentar qualquer turbulência que venha a ter no mercado financeiro, ou mediante a crise que está acontecendo dentro do mercado nacional. Outro ponto é que, se for realmente concretizado o foco de se tornar uma empresa para competir globalmente, nós estaríamos trazendo dividendos para dentro do Brasil, porque o Unibanco e o Itaú estariam comprando agências em bancos fora do país, como na América Latina, Europa, Ásia e talvez na África. Assim eles vão aumentando esse leque de participações em países que vão trazer dividendos de lá para o nosso, fortalecendo ainda mais a instituição.
IN - Isso pode permitir que agências do exterior se apossem das empresas do Brasil e as torne, por exemplo, uma agência estrangeira?
Flauzino - O que acontece é que no meio empresarial, global de competitividade, eles falam como se fossem peixes pequenos que são engolidos por peixes médios, que são engolidos pelo peixe grande. A partir do momento que você vira grande, estará engolindo os menores, desta forma fortalecendo o banco nacional, o Unibanco e Itaú, tornando-se grandes, não correm o risco de ser engolido. Haja vista o caso da AMBEV – Brahma e a Antártica vinham comprando as menores do mercado nacional, ao ponto, de as duas dominarem o setor, e se fundiram -, em que alguns economistas brasileiros achavam que tinham virado uma empresa global, forte que começaria a engolir as menores, mas o que aconteceu foi o contrário, ela se tornou grande e veio uma outra maior, da Bélgica, que fez uma fusão com ela, deixando nós sem a empresa nacional. Temos que torcer para que aconteça o contrário, que Unibanco e Itaú comprem os outros sem correr esse risco.
IN - Quais são os aspectos negativos dessa fusão?
Flauzino - A concorrência entre os bancos não vai existir mais, pois conforme você diminui um, engolindo o outro, vai sobrar um ou dois, para nós consumidores do serviço de banco. Estamos reféns dos preços que eles vão praticar. Não temos para quem correr, então há uma concentração muito grande em poucas empresas. Isso é ruim para o consumidor e para o desenvolvimento, pois valores bons e melhores serviços acabam não existindo por fata de concorrência.
IN - O senhor acredita que haverá uma diminuição nas taxas pagas pelos correntistas com essa fusão? Ou essa falta de concorrência possibilitará um aumento nesse aspecto?
Flauzino - Sempre falamos no meio econômico que é a oferta e a demanda que determinam os preços das mercadorias e serviços. No caso, quando não há concorrência isso deixa de ser verdade, pois quem vai determinar os preços são essas poucas empresas. Então se eles colocarem um preço mais alto, nós consumidores não temos para onde correr. A tendência é que fique do jeito que esses bancos vão determinar, com certeza mais alto do que as praticadas agora.
IN - O senhor acredita que agências bancárias irão fechar, gerando desempregos com essa fusão?
Flauzino - Se a meta do banco for o crescimento, ou seja número de agências, que é o que eles estão procurando eu acredito que não, mas no caso particular de Itapeva acho que não cabem duas agências do mesmo banco e infelizmente uma vai ser sacrificada. Já temos a experiência aqui quando o Bradesco comprou o antigo Mercantil Finasa. Aqui ficou só o Bradesco e acho que a experiência vai ser a mesma.
Flauzino - O ponto positivo dessa união é que nós teremos uma empresa forte no setor financeiro, bem assegurada para poder enfrentar qualquer turbulência que venha a ter no mercado financeiro, ou mediante a crise que está acontecendo dentro do mercado nacional. Outro ponto é que, se for realmente concretizado o foco de se tornar uma empresa para competir globalmente, nós estaríamos trazendo dividendos para dentro do Brasil, porque o Unibanco e o Itaú estariam comprando agências em bancos fora do país, como na América Latina, Europa, Ásia e talvez na África. Assim eles vão aumentando esse leque de participações em países que vão trazer dividendos de lá para o nosso, fortalecendo ainda mais a instituição.
IN - Isso pode permitir que agências do exterior se apossem das empresas do Brasil e as torne, por exemplo, uma agência estrangeira?
Flauzino - O que acontece é que no meio empresarial, global de competitividade, eles falam como se fossem peixes pequenos que são engolidos por peixes médios, que são engolidos pelo peixe grande. A partir do momento que você vira grande, estará engolindo os menores, desta forma fortalecendo o banco nacional, o Unibanco e Itaú, tornando-se grandes, não correm o risco de ser engolido. Haja vista o caso da AMBEV – Brahma e a Antártica vinham comprando as menores do mercado nacional, ao ponto, de as duas dominarem o setor, e se fundiram -, em que alguns economistas brasileiros achavam que tinham virado uma empresa global, forte que começaria a engolir as menores, mas o que aconteceu foi o contrário, ela se tornou grande e veio uma outra maior, da Bélgica, que fez uma fusão com ela, deixando nós sem a empresa nacional. Temos que torcer para que aconteça o contrário, que Unibanco e Itaú comprem os outros sem correr esse risco.
IN - Quais são os aspectos negativos dessa fusão?
Flauzino - A concorrência entre os bancos não vai existir mais, pois conforme você diminui um, engolindo o outro, vai sobrar um ou dois, para nós consumidores do serviço de banco. Estamos reféns dos preços que eles vão praticar. Não temos para quem correr, então há uma concentração muito grande em poucas empresas. Isso é ruim para o consumidor e para o desenvolvimento, pois valores bons e melhores serviços acabam não existindo por fata de concorrência.
IN - O senhor acredita que haverá uma diminuição nas taxas pagas pelos correntistas com essa fusão? Ou essa falta de concorrência possibilitará um aumento nesse aspecto?
Flauzino - Sempre falamos no meio econômico que é a oferta e a demanda que determinam os preços das mercadorias e serviços. No caso, quando não há concorrência isso deixa de ser verdade, pois quem vai determinar os preços são essas poucas empresas. Então se eles colocarem um preço mais alto, nós consumidores não temos para onde correr. A tendência é que fique do jeito que esses bancos vão determinar, com certeza mais alto do que as praticadas agora.
IN - O senhor acredita que agências bancárias irão fechar, gerando desempregos com essa fusão?
Flauzino - Se a meta do banco for o crescimento, ou seja número de agências, que é o que eles estão procurando eu acredito que não, mas no caso particular de Itapeva acho que não cabem duas agências do mesmo banco e infelizmente uma vai ser sacrificada. Já temos a experiência aqui quando o Bradesco comprou o antigo Mercantil Finasa. Aqui ficou só o Bradesco e acho que a experiência vai ser a mesma.
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