terça-feira, 11 de novembro de 2008

ALDA MARCO ANTONIO - VICE-PREFEITA ELEITA DE SÃO PAULO


O ex-presidente do PMDB Osmar Thibes Jr. juntamente com sua esposa Jocimara Canto estiveram parabenizando a vice-prefeita eleita da Capital paulista Alda Marco Antonio. "É com alegria que vejo uma verdadeira amiga e companheira sendo eleita numa das maiores cidades do mundo. Para nós é motivo de muito orgulho e satisfação", disse Osmar Jr. A engenheira Alda Marco Antonio tem uma longa carreira dedicada à questão da mulher e à assistência social, em especial no apoio às crianças e aos jovens. Já se destacava nos anos 70 como defensora das mulheres agredidas nos seus direitos, tanto pessoais como de trabalhadoras. Incentivada por Ulysses Guimarães, foi fundadora da Comissão de Mulheres do MDB e ajudou a implantar o Conselho Estadual da Condição Feminina, do qual foi uma das presidentes. Sua atuação foi fundamental para a criação da primeira Delegacia de Defesa da Mulher, em 1983. Alda Marco Antonio foi Secretária de Estado de Relações de Trabalho. De 1987 a 1991 foi Secretária de Estado do Menor no governo Quércia. Dos 14 programas de atendimento à criança de rua que criou e implantou durante sua gestão na Secretaria do Menor, oito foram escolhidos como modelos para outros países e divulgados no mundo pela UNICEF, a agência da ONU para a infância. Foi presidente da Fundação Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência e representou o Brasil junto ao Instituto Iberamericano da Criança da OEA (Organização dos Estados Americanos). Também foi secretária municipal de Assistência Social da prefeitura de São Paulo. Nas eleições de 2006 Alda foi candidata ao senado tendo ficado em terceiro lugar com expressiva votação. Agora como vice-prefeita pretende dedicar-se intensamente: "Estou preparada para marcar uma nova história de progresso e desenvolvimento para São Paulo ao lado do prefeito Gilberto Kassab", declarou.

Quais os reflexos da fusão entre Itaú e Unibanco para o município de Itapeva?

Trecho da entrevista, do Economista e Prof. Flauzino Neto
IN - O que essa fusão entre os bancos Itaú e Unibanco pode trazer de benefício para o nosso país e nossa cidade?
Flauzino - O ponto positivo dessa união é que nós teremos uma empresa forte no setor financeiro, bem assegurada para poder enfrentar qualquer turbulência que venha a ter no mercado financeiro, ou mediante a crise que está acontecendo dentro do mercado nacional. Outro ponto é que, se for realmente concretizado o foco de se tornar uma empresa para competir globalmente, nós estaríamos trazendo dividendos para dentro do Brasil, porque o Unibanco e o Itaú estariam comprando agências em bancos fora do país, como na América Latina, Europa, Ásia e talvez na África. Assim eles vão aumentando esse leque de participações em países que vão trazer dividendos de lá para o nosso, fortalecendo ainda mais a instituição.
IN - Isso pode permitir que agências do exterior se apossem das empresas do Brasil e as torne, por exemplo, uma agência estrangeira?
Flauzino - O que acontece é que no meio empresarial, global de competitividade, eles falam como se fossem peixes pequenos que são engolidos por peixes médios, que são engolidos pelo peixe grande. A partir do momento que você vira grande, estará engolindo os menores, desta forma fortalecendo o banco nacional, o Unibanco e Itaú, tornando-se grandes, não correm o risco de ser engolido. Haja vista o caso da AMBEV – Brahma e a Antártica vinham comprando as menores do mercado nacional, ao ponto, de as duas dominarem o setor, e se fundiram -, em que alguns economistas brasileiros achavam que tinham virado uma empresa global, forte que começaria a engolir as menores, mas o que aconteceu foi o contrário, ela se tornou grande e veio uma outra maior, da Bélgica, que fez uma fusão com ela, deixando nós sem a empresa nacional. Temos que torcer para que aconteça o contrário, que Unibanco e Itaú comprem os outros sem correr esse risco.
IN - Quais são os aspectos negativos dessa fusão?
Flauzino - A concorrência entre os bancos não vai existir mais, pois conforme você diminui um, engolindo o outro, vai sobrar um ou dois, para nós consumidores do serviço de banco. Estamos reféns dos preços que eles vão praticar. Não temos para quem correr, então há uma concentração muito grande em poucas empresas. Isso é ruim para o consumidor e para o desenvolvimento, pois valores bons e melhores serviços acabam não existindo por fata de concorrência.
IN - O senhor acredita que haverá uma diminuição nas taxas pagas pelos correntistas com essa fusão? Ou essa falta de concorrência possibilitará um aumento nesse aspecto?
Flauzino - Sempre falamos no meio econômico que é a oferta e a demanda que determinam os preços das mercadorias e serviços. No caso, quando não há concorrência isso deixa de ser verdade, pois quem vai determinar os preços são essas poucas empresas. Então se eles colocarem um preço mais alto, nós consumidores não temos para onde correr. A tendência é que fique do jeito que esses bancos vão determinar, com certeza mais alto do que as praticadas agora.
IN - O senhor acredita que agências bancárias irão fechar, gerando desempregos com essa fusão?
Flauzino - Se a meta do banco for o crescimento, ou seja número de agências, que é o que eles estão procurando eu acredito que não, mas no caso particular de Itapeva acho que não cabem duas agências do mesmo banco e infelizmente uma vai ser sacrificada. Já temos a experiência aqui quando o Bradesco comprou o antigo Mercantil Finasa. Aqui ficou só o Bradesco e acho que a experiência vai ser a mesma.